segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O Natal já foi, agora venha o Ano Novo...

Este ano ia ter um Natal Feliz, ia passá-lo na companhia das pessoas que mais amo nesta vida: a minha filha, o meu marido e o meu bebé que vem a caminho (mais uma menina). Mas como se costuma dizer, quando a esmola é muita, o cego desconfia, e uma semana antes do Natal o meu marido é chamado, fora do que estava previsto, para passar o Natal a trabalhar...
Passo a explicar, o D. trabalha numa companhia portuguesa mas que só realiza trabalho fora do território nacional, ou seja, passa um mês fora de casa e depois fica cerca de 10 a 15 dias em casa antes de ter que se deslocar novamente para fora.
No ano passado passou o Natal e a passagem de ano, no Dubai, este ano ia passar as festas com a família... IA, não passou... Agora que me começava a sentir melhor outra vez "arrancam-mo" de casa assim como quem arranca um dente sem anestesia! Não estou a exagerar, ligam-lhe num Domingo de manhã e só não o enfiam no avião nesse mesmo dia porque não lhe conseguem arranjar vaga em nenhum vôo! Feitas as contas não chegou a estar em casa uma semana... Se isto não é arrancar alguém de casa, não sei o que será...
E depois, para ajudar ao estado de espirito com que já estava, para onde é que o mandam? Para o Cairo! Não podia ser para um país que não estivesse calmo e pacífico? Não! Foi mesmo para o Egipto, ainda com a tensão a pairar sobre a cabeça de toda a gente à conta da porcaria do referedo para a alteração da constituição...
 O nosso Natal (meu e da M.) foi passado com os meus pais e com as minhas irmãs, mais as minhas sobrinhas e a única coisa que me fez sorrir foi ver a alegria com que as crianças (4 raparigas com idades entre os 7 anos e os 9 meses) abriam as prendas para logo a seguir se porem a brincar com as caixas em que os brinquedos vinham embalados...
A passagem de ano vai ser passada em casa, não vai ser como tinha prometido a mim mesma (que se o D. não estivesse cá, iria passá-la a dormir), mas vou fazer o esforço de ficar acordada até à meia noite para dar as boas vindas ao novo ano, sem a companhia do meu marido pela terceira vez consecutiva, mas com os meus pais, as minhas irmãs e as minhas sobrinhas, esperando que a alegria delas seja suficiente para entrar no novo ano com algum optimismo...
Não gosto de fazer balanços, quando um ano acaba, porque a tendência é ficarmos com os acontecimentos fortes do final do ano mais marcados na memória e "esquecemo-nos" de outros, não menos importantes do inicio do ano, mas desta vez vou fazer uma excepção à minha regra e vou fazer a revista do ano de 2012:
Logo para começar bem perdi o emprego, não porque tenha sido despedida, mas porque me fartei de ser maltratada e roubada pelo meu antigo patrão;
Decidi dedicar-me a uma área completamente diferente daquilo que tinha feito até então e até não correu mal;
Descobri, para grande espanto meu, que engravidei (afinal a pílula também falha) o que, além de me apanhar completamente desprevenida, me pôs em estado de choque durante umas semanas;
Criei este blogue, com o único intuito de ter um sítio para desabafar, sem pretensões de vir a ter dezenas, centenas ou milhares de seguidores como alguns dos blogues que sigo (mas já tenho duas seguidoras! Yupi! :) );
Houve uma pessoa que apesar de saber que eu estou grávida (na altura com cerca de 16 semanas), me deu um emprego!
Quase perdi (quase) tudo o que me liga a este mundo, mas aos poucos começo a recuperar...
Participei no Polar Post Crossing e apesar de me ter enganado na morada e ter recebido o postal de volta (já foi reenviado com a morada rectificada), cumpri a minha parte e fui recompensada com um postal com palavras escritas à mão, com uma caneta, sobre papel, como há muitos anos não acontecia e senti-me bem! Até porque as palavras escritas à mão, com uma caneta sobre papel são bonitas e de encorajamento, o que não deixa de ser ainda mais extraordinário, porque estamos a falar de uma pessoa que não me conhece... (Obrigada Titanices!)
"Roubaram-me" (a mim e à(s) minha(s) filha(s)) a companhia que mais queria para esta época;
Agora, e para terminar, espero apenas que o ano de 2013 não seja pior do que 2012, se puder ser melhor, ainda melhor (redundante de mais?)...
Feliz Ano Novo!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Tradições de Natal...

Desde a última semana de Novembro que me foi perguntado por várias pessoas, com níveis diferentes de entusiasmo, se já tinha feito a árvore de Natal...
Primeiro ponto: seja artificial ou pinheiro a sério a árvore já está feita, ou a montamos e decoramos ou a compramos e decoramos;
Segundo ponto: escusam de fazer essa cara chocada quando respondo que não. Em minha casa a árvore monta-se no dia 8 de Dezembro e desmonta-se no dia 6 de Janeiro;
Terceiro ponto: o argumento "mas tu tens uma criança" não resulta. É exactamente por ter uma criança que faço questão de manter estas datas!
Assim como faço questão de só pôr o Menino Jesus no Presépio à meia-noite de 24 para 25  de Dezembro.
O jantar da noite de Natal é e sempre será enquanto for eu a cozinhar bacalhau cozido com todos e carne de porco à alentejana.

O Natal está à porta...

Desde dia 22 de Novembro que ando um tanto desmotivada no que diz respeito ao Natal...
Este ano tal como no ano passado, apenas as pessoas mais chegadas (família imediata e 2 amigas) vão ter direito a prenda e ainda assim vão ser prendas feitas por mim (para alguma coisa serve o facto de me dar bem com os trabalhos manuais e com os tachos...). A escolha para este ano foram bolachas "servidas" em sacos de pano também eles feitos à mão.
Estava contente com a minha decisão até que no dia 22 de Novembro, alguém numa loja (uma funcionária duma dessas lojas que pertencem a uma cadeia de franchising) me desejou "Um Feliz Natal" com o maior sorriso Pepsodent deste mundo... A minha única reação foi dizer meio gaga e sem ter bem a certeza do que tinha ouvido "Mas... Ainda nem estamos em Dezembro..."
Perante o desaparecimento imediato do acima mencionado sorriso Pepsodent, limitei-me a retribuir com um "Feliz Natal também para si" muito pouco convincente...
Regressei a casa a matutar naquilo e o sentimento positivo com que tinha andado até então por ter decidido não gastar um tostão nas prendas de Natal foi desaparecendo aos poucos por dois motivos muito imediatos e mais meia dúzia de outros menos imediatos... O consumismo em que se transforma o Natal está cada vez mais evidente, pondo cada vez mais de parte as tradições e as pessoas sentem uma necessidade tão grande de "vender" (seja para se integrar no "espírito" ou para salvaguardar o emprego para continuar a poder comer) que são levadas a entrar nesse apelo ao consumismo em que esta quadra se transformou...
Também cheguei à conclusão que as "estratégias de marketing" (pelo menos era esse o nome que lhe davam quando trabalhava no comércio) mais difundidas por esse comércio fora, não só não resultam comigo como me põem a fugir a sete pés de dentro de uma loja. Os exemplos mais "flagrantes" são as meninas que muito solicitamente se dirigem a nós ainda antes de acabarmos de entrar no estabelecimento a oferecer ajuda, gosto que estejam lá quando preciso de alguma informação mas não é preciso exagerar deixem-me ver alguma coisa primeiro, outro são as promoções anunciadas de forma exagerada, tenho uma veia muito grossa de S. Tomé e desconfio por natureza quanto maior for a quantidade de pessoas atraída pela dita promoção, mais desconfio...
Mas o Natal está, efectivamente, cada vez mais perto e vou fazer a minha parte para manter as tradições de Natal de pé!